Portas da Esperança

Nos últimos três anos, foram documentados mais de 2 mil casos de discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ no México. Na ausência de apoio nos seus núcleos familiares, algumas pessoas são obrigadas a abandonar as suas casas em busca de autenticidade, deparando-se com barreiras para alcançar uma qualidade de vida digna.
 
A Casa Frida, uma casa de acolhimento comprometida com a comunidade LGBTQIA+ no México, dedicada à consciencialização para a violência enfrentada pelos seus membros, desafiou-nos a tornar visível a resiliência, a coragem e o esforço daqueles que foram forçados a abandonar as suas casas no México e na América Latina.
 
O objetivo desta organização era lançar a conversa sobre uma questão que afeta não só a comunidade LGBTQIA+, mas todo o país: a violência contra a comunidade LGBTQIA+.

“Portas da Esperança” torna visível a violência sofrida pela comunidade LGBTQIA+, reinterpretando as suas experiências através da arte, como uma forma inovadora de despertar a consciência coletiva e sensibilizar para questões relevantes que merecem ser ouvidas.
 
Graças a Portas da Esperança, mais de 180 pessoas da Comunidade LGBTQIA+ que fazem parte da Casa de Acolhimento LGBTQIA+ Casa Frida beneficiaram da criação de mais espaços seguros através da angariação de fundos impulsionada pelo projeto.

Ligámos sete membros da comunidade LGBTQIA+, que encontraram um abrigo seguro na Casa Frida, a diversos artistas nacionais e internacionais para reinterpretarem as suas histórias usando portas como telas, em representação das que lhes estavam fechadas em casa e das que se abriram na Casa Frida. Esta transformação converteu cada história numa obra de arte, tornando visível a dura realidade da violência contra a comunidade LGBTQIA+ no país. As portas, transformadas através deste trabalho artístico, foram expostas na famosa Galeria Hilario Galguera com o objetivo de angariar fundos para a criação de mais espaços seguros.