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Tudo parece indicar que 2023 não será um ano fácil. O contexto de incerteza em que o mundo se encontra torna ainda mais difícil o exercício de prever o que está para vir. A um aumento geral do custo de vida, à escassez de matérias-primas, à instabilidade política, à guerra na Ucrânia e às relações internacionais tensas, juntam-se, no momento em que redigimos estas tendências, a turbulência e os despedimentos em massa anunciados nalgumas das empresas tecnológicas mais importantes do mundo: Twitter, Meta e Amazon.
Significará isto o fim do poder dos profissionais e um retrocesso de algumas das medidas popularizadas pela pandemia? Não existem dúvidas de que iremos passar por uma situação de reequilíbrio e o que cresceu de forma extrema devido ao hiato da COVID tenderá a regressar a uma situação de maior normalidade. Pelo menos, o crescimento não será o mesmo e isso afetará, logicamente, os recursos humanos das empresas. Além disso, muitas das medidas mais populares entrarão na sua fase de maturidade e as potenciais fissuras no sistema tornar-se-ão muito mais evidentes. Falamos, por exemplo, dos riscos de desconexão cultural associada ao teletrabalho.
No entanto, estamos convencidos de que muitas das mudanças são irreversíveis, pois afetam não só as ferramentas mas também, e sobretudo, o interior das pessoas. Nesta linha, as tendências para 2023 podem ser agrupadas em dois territórios prioritários: a digitalização e aplicação da tecnologia aos processos e a humanização progressiva do trabalho.
Nesta linha, o próximo mercado de trabalho é marcado pela força do efeito Z, uma geração que começa a impor às empresas a sua cultura de trabalho, com condições mais flexíveis e maiores exigências éticas, e começa também a contagiar as restantes gerações, exigindo empresas mais humanas, empenhadas, solidárias e ágeis.