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O impacto da COVID-19 deixa para 2021 um modelo de consumo marcado pelas tensões entre as vertentes emocional e organizacional. O trauma da pandemia, em conjunto com a capacidade transformadora que teve sobre as prioridades da população, trará, mais do que nunca, a política das emoções para o centro da relação com as marcas. Simultaneamente, além da informatização forçada, a logística organizacional do consumo também sofrerá alterações, obrigando a reações rápidas às novas necessidades dos consumidores.
A tensão emocional resultante da pandemia que vivemos, há meses, a uma escala global, tornará fundamental o desenvolvimento da empatia enquanto traço de personalidade das marcas. A insegurança e a incerteza que vivemos farão que sejam também essenciais, por um lado, a necessidade de perceção de ter uma casa sã e segura, e, por outro, a simplificação das ofertas de produto e de serviços. Além disso, o desaparecimento do tabu da saúde mental é cada vez mais uma realidade, e será mais fácil para as marcas participar neste tipo de conversas sociais.
No que respeita à logística de como consumimos, a transformação em novos modelos de cidade unir-se-á à força crescente do ativismo a favor do consumo local e de proximidade. Tudo isto acontece num contexto de dessincronização do consumo favorecido pelo aumento do teletrabalho ou pelo comércio eletrónico, que obrigará muitas marcas a repensar as estratégias de retalho ou de planificação publicitária. Ao mesmo tempo, dois fenómenos que podem parecer contraditórios, complementam-se: por um lado, o aumento da cancel culture, ou cultura de cancelamento, relacionada com o boicote a marcas que não combinam com os valores de determinadas comunidades, e, por outro, o papel predominante do conceito de acessibilidade resultante das necessidades económicas do contexto.
Tudo isto torna a criatividade, mais do que nunca, no elemento fundamental para transformar um cenário de riscos e instabilidade num cenário de oportunidades na relação entre os consumidores e as marcas.
Da mesma forma que os nossos especialistas em Consumer Engagement analisaram as Tendências do Consumidor em 2020, convidamo-vos a ler o relatório completo das Tendências do Consumidor 2021.
Autores
Carlos LLanos
Alejandra Aljure
Alejandro Martínez
Diego Olavarría
Marlene Gaspar
Jon Pérez Urbelz
Hugo Valdez Padilla
Guillermo Lecumberri
Catalina Agudelo
Guillermo Tejada