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Nesta nova edição anual do nosso relatório de tendências do consumidor, procurámos ir mais além na nossa pesquisa. Combinámos a análise qualitativa das grandes tendências com as nossas capacidades de deep learning, com base na interpretação de dados, para oferecer uma imagem ainda mais fiel das grandes transformações do consumo que ocorrerão nos próximos meses.
Para tal, após definirmos até vinte grandes tendências, empregámos a nossa metodologia de trend spotting para a antecipação de tendências, que também aplicámos às marcas. Esta metodologia baseia-se na priorização da relevância dos diálogos globais, medindo os assuntos mais comentados, mas, principalmente, os que têm as maiores taxas de aceleração. A seguir, cruzámos estes dados com a presença, nos diálogos, de cinquenta das marcas mais relevantes do mundo, o que nos permitiu determinar a saturação e a presença das marcas nestes assuntos de grande potencial. No nosso trabalho habitual junto das marcas, o terceiro passo seria a análise da legitimidade concreta do nosso cliente na tendência e no território de diálogo relevantes.
O panorama revelado neste trabalho continua inevitavelmenteafetado pelo impacto traumático, mas também revelador, dos dois últimos anos na relação entre a marca e o consumidor. Por um lado, identificámos o modo como o impacto emocional sobre os consumidores se traduziu em diálogos associados à ligação entre os consumidores e a reputação das marcas, em relação às quais nos tornámos mais céticos e exigentes. A este grupo pertencem tendências tais como o crescimento da incredulidade relativa ao discurso do propósito, a procura de marcas que promovam a felicidade e o conforto e, paralelamente, a crítica ao positivismo
tóxico.
Por outro lado, este impacto emocional também é transferido para a relação tangível com as marcas, destacando-se o incentivo à segurança (a food barrier, a nova era das embalagens e os consumidores transumanistas). Finalmente, os canais e formatos da relação entre marcas e consumidores continuam a transformar-se, indo além do metaverso omnipresente, transformando os códigos de comunicação, incluindo no que se refere às marcas e aos setores mais enraizados. Adquire maior relevância o «quando» do consumo, em vez de «onde», bem como o crescimento imparável dos memes enquanto forma de comunicação.