O efeito “Emily in Paris”: o antes e o depois da publicidade na Netflix

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12 Set 2024

A Netflix, plataforma de streaming líder a nível mundial, conquistou o mercado global e já alcançou mais de 277 milhões de subscritores no segundo trimestre de 2024. Este crescimento transformou-a num espaço-chave para que as marcas se conectem com um público amplo e ativo. A evolução da sua plataforma publicitária, com estratégias inovadoras como a parceria com a Google em “Emily in Paris”, representa um marco na publicidade digital e estabelece uma nova era na forma de interagir com os utilizadores.

 

Quem são os utilizadores da Netflix?

Para compreender o impacto da publicidade na Netflix é fundamental conhecer o seu amplo e diversificado público, que abrange utilizadores de todo o mundo. Globalmente, estes utilizadores podem ser segmentados em diferentes grupos de acordo com os seus hábitos de consumo. Entre eles, destacam-se duas categorias: os “Weekly”, que consomem conteúdos mais de uma vez por semana, e os “Heavy”, que utilizam a plataforma diariamente.

Entender como estes descobrem novas marcas é fundamental para as estratégias publicitárias. De acordo com o GlobalWebIndex, os sítios Web de comércio eletrónico têm um peso significativo, especialmente entre os “Heavy” (47,8%). As redes sociais também desempenham um papel importante neste aspeto: 44,3% dos “Heavy” e 15,7% dos “Weekly” declaram que são influenciados pelos anúncios nestas plataformas. Por último, os e-mails também são um meio relevante para ambos os grupos, com 45,6% dos “Heavy” e 15,2% dos “Weekly” a responder positivamente a esta forma de publicidade.

Aprofundando os interesses dos seus utilizadores, o SimilarWeb revela que as preferências dos utilizadores na Netflix envolvem desde videojogos (10,8%) e conteúdos para adultos (9,12%) até tecnologia (7,12%) e artes e entretenimento (3,73%). Plataformas como Google, Instagram, Facebook, Wikipedia e Twitch estão entre as mais visitadas.

 

“Emily in Paris” e a Google: uma revolução no product placement

A parceria entre a Google e a série “Emily in Paris” foi um marco para a publicidade dentro da plataforma. Longe do “product placement” tradicional, esta parceria transformou a forma como as marcas interagem com o público. Graças à tecnologia da Google, os produtos exibidos na série transformam-se em pontos de acesso direto a compras com apenas um clique.

Essa integração não só aumenta a relevância e o impacto da publicidade, como também abre um novo mundo de possibilidades para as marcas, permitindo que estas se conectem com o seu público de forma mais efetiva, personalizada e direta.

 

Netflix: diversificar receitas e oportunidades para as marcas

Conscientes do potencial da sua plataforma, a Netflix foi para além das parcerias inovadoras como a de “Emily in Paris”. A empresa ampliou o seu enfoque publicitário para diversificar as suas fontes de receita e oferecer novas oportunidades às marcas.

Um exemplo claro é a sua aposta na publicidade programática, um modelo que utiliza dados e algoritmos para oferecer anúncios personalizados aos utilizadores, modelo esse que está a transformar a forma como as empresas se dirigem aos utilizadores. Grandes anunciantes do setor automóvel ou das viagens já experimentaram este formato, o que demonstra o interesse crescente em oferecer experiências de consumo mais personalizadas e conectadas.

 

Novas oportunidades no horizonte

As últimas novidades da plataforma publicitária da Netflix, incluindo novas capacidades de compra, parcerias de medição e o lançamento da sua própria plataforma de tecnologia publicitária, abrem todo um leque de oportunidades para as marcas.

A possibilidade de chegar a um público amplo, segmentado e altamente ativo, somada à capacidade de integrar a publicidade de forma orgânica e efetiva dentro do conteúdo, transforma a Netflix num espaço único para as marcas que procuram conectar-se com os seus consumidores de uma forma inovadora e relevante.