O PAPEL SOCIAL DA EMPRESA NO FOCO DA ATENÇÃO
A crise da sanitária aumenta a atenção sobre o papel que as empresas devem desempenhar em sua contribuição para os grandes desafios sociais. Algumas empresas conseguiram apoiar-se em objetivos sólidos quando a estratégia por si só não podia mais servir de bússola. Outros, apesar de “terem um propósito”, encontram-se em dificuldades porque este não foi compartilhado e vivido pelos seus stakeholders.
Não há mais vozes que discordem do novo paradigma de negócios: a empresa do futuro deve entregar valor a todas as partes interessadas, definindo um propósito para um impacto positivo. Este paradigma é conhecido como capitalismo de stakeholders. E é que, mais do que nunca, no cenário pós-COVID19, a sobrevivência das empresas passa por vincular os benefícios econômicos aos valores sociais e ambientais que a sociedade exige.
Construir e implementar um propósito corporativo tornou-se uma prioridade para gerentes em todo o mundo e já é uma das 10 questões que mais preocupam os CEOs globais (Nota de página: Global Leadership Forecast 2021 de DDI).
O propósito se define como, porque e para quê existe uma empresa, estabelecendo qual é a sua contribuição para a sociedade. No novo capitalismo de stakeholders, existem 3 chaves:
- Com e para quem: Ouvir para que o propósito seja compartilhado pelas partes interessadas e reconhecido como benéfico, buscando ressonância e empatia.
- Como: Dar evidencias para inspirar e mobilizar. É fundamental que a ativação do propósito seja o eixo da conversa pública.
- Quanto: Medir e avaliar o progresso
Na LLYC, acreditamos que a empresa deve colocar as pessoas no centro e compreender plenamente suas crenças ao definir o propósito e que formem parte dele ao articulá-lo.
O simples fato de ter um propósito não é mais o diferencial de uma marca. Deve ser entendido como um processo de transformação do negócio e um processo de cocriação e diálogo, não como um fim em si mesmo.
Por isso, propomos um estudo que apresentamos neste documento para compreender como as empresas estão trabalhando no seu propósito, que importância atribuem a ele na sua estratégia, se estão ouvindo os seus stakeholders e, por outro lado, se há um alinhamento com as expectativas e interesses sociais.
Autores
Daniel Fernández Trejo