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Quem já ouviu falar do “Desafio do Balde de Gelo” ou “Ice Bucket Challenge” certamente vai lembrar como algumas celebridades viralizaram nas redes ao se molharem com um balde de água gelada, com a intenção de conscientizar e arrecadar fundos para a luta contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA). Esta iniciativa alcançou a participação de 17 milhões de pessoas e doações em todo o mundo e somente nos EUA foram arrecadados mais de 115 milhões de dólares. Redes sociais permitem a capacidade de se conectar com milhões de pessoas para destacar projetos que podem influenciar o comportamento de diferentes públicos, incluindo os mais jovens.
As doenças não transmissíveis impactam a qualidade de vida de milhões de pessoas e geram altos custos para os sistemas de saúde. Apesar das políticas públicas e campanhas de comunicação terem sido amplamente discutidas e elaboradas para tentar conter o impacto dessas doenças, a epidemia continua crescendo. É urgente avaliar novas alternativas, novos canais e vincular especialistas, sociedade civil e empresas nessa luta.
Para este relatório, foram analisadas políticas e programas de ação (pesquisa documental), percepções e opiniões (entrevistas com especialistas) no cuidado de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e câncer, chamada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) como a grande epidemia do nosso tempo. Foi analisado se os planos e projetos são suficientes para conter o impacto negativo na qualidade de vida de quem sofre com essas doenças, e se isso ajudará a reduzir o alto custo para os sistemas de saúde.
Nós nos concentramos em entender o impacto de fatores modificáveis e como levar as pessoas a agir para melhorar sua qualidade de vida. Além disso, revisamos as taxas de mortalidade, o investimento em saúde e o custo que essas doenças representam para os sistemas de saúde.
Com o objetivo de explorar alternativas para alcançar uma estratégia ideal que motive mudanças de hábitos e complemente planos e programas governamentais, consultamos 38 especialistas em saúde pública, médicos, representantes de empresas e grupos de pacientes em 7 países da América Latina. Este relatório resume as principais descobertas e recomenda ações na perspectiva da comunicação, dos assuntos públicos e do marketing digital para acabar com essa epidemia, alcançar uma sociedade mais saudável e reduzir o peso dessas doenças para os sistemas de saúde.
Autores
Javier Marín
Ana Lluch