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Por que pensar no futuro quando o presente exige toda a nossa energia e atenção? Essa é uma pergunta válida e que ouvimos com frequência dentro das empresas. No entanto, e embora possa parecer paradoxal, em um contexto de imprevisibilidade, os estudos sobre o futuro podem nos ajudar a atravessar as mudanças e a crescente turbulência que temos vivido.
A LLYC, consultoria global de comunicação, marketing e assuntos públicos, em parceria com o CENTRO, instituição de ensino superior especializada em economia criativa, criaram o relatório “Pensar o futuro para gerir o presente”, com o objetivo de compreender algumas das respostas que os Estudos do futuro podem oferecer às empresas ajudá-las a se adaptarem a ambientes complexos e cada vez mais incertos.
“Os muitos desafios que as empresas enfrentam hoje em dia e que nós, da LLYC, já analisamos em ‘New Times, New Rules‘, podem ganhar outras perspectivas a partir da área de conhecimento chamada de Estudos do Futuro”, afirma David González Natal, sócio e diretor-geral da LLYC na Região Norte e coautor do estudo.
O papel dos Estudos do Futuro nas empresas
Cada organização deve se conhecer bem o suficiente e compreender seu ambiente para mudar o que precisa ser mudado e manter o que for necessário. Essa capacidade de discernir o que precisa ser mudado e o que precisa ser mantido contribui para o coeficiente de preparação diante das mudanças.
Por meio de um conjunto diversificado de métodos e ferramentas, os Estudos do futuro podem ajudar uma organização a explorar os seus próprios futuros possíveis e a elaborar ações de mudança para intervir nesses possíveis cenários. Para isso, utilizam o pensamento sistêmico, o pensamento catedral e a criatividade:
– O pensamento sistêmico permite identificar, em um determinado contexto, as relações entre diferentes partes. Por exemplo, a correlação entre o espaço aéreo, a logística, os fenômenos naturais e a mediação humana para fazer uma aeronave decolar ou pousar.
– O pensamento catedral, cujo nome faz referência à obra Sagrada Família, do arquiteto espanhol Antoni Gaudí, concebida para ser realizada em um prazo maior do que a vida do próprio artista que a criou, permite idealizar e executar projetos de longo prazo, ou seja, planejar e tomar decisões pensando nos impactos daqui a 10, 50, ou até 100 anos ou mais.
– A criatividade permite identificar problemas e possíveis soluções com base na engenhosidade, essencial para fazer com que uma organização sobreviva e prospere em tempos de muita incerteza.
“As empresas geralmente declaram: ‘não podemos pensar no futuro porque somos absorvidos pela operação’. E isso não poderia ser mais verdadeiro. Essa é uma das manifestações da síndrome do imediatismo que compromete o trabalho estratégico de organizações de todos os portes e setores. Para as equipes, apegadas a um presente eterno, é impossível imaginar o que pode acontecer com a empresa e seu ambiente se as coisas derem certo, ou mais ou menos certo, ou se ela quebrar”, observa Karla Paniagua, coordenadora de Estudos do Futuro no CENTRO e coautora do estudo.
Casos de aplicação nos desafios atuais das empresas
O relatório também explora três grandes desafios enfrentados pelas empresas atualmente e que a visão dos Estudos do futuro pode ajudar a solucionar.
– O papel das lideranças como um motor de crescimento. Uma organização na qual as lideranças possam adquirir e desenvolver o conjunto de habilidades dos Estudos do futuro pessoalmente, e compartilhar com suas equipes e aqueles que estão em sua esfera de influência, estará mais bem preparada para sobreviver diante das mudanças.
– Fazer da transformação um ativo de reputação. A capacidade de adaptação torna a sobrevivência possível, mas a mudança pode ser muito incômoda e ter um custo alto. Ainda assim, as empresas que conseguirem transitar entre fatores do passado, do presente e do futuro conseguirão sobreviver melhor a esse atrito.
– Navegando em um contexto complexo e polarizado. As organizações elásticas estão melhor preparadas para gerenciar seus conhecimentos, navegar em ambientes altamente turbulentos e ter discernimento diante de discursos e realidades polarizados.
Para enfrentar esse presente incerto, polarizado e em constante transformação, sem que ele consuma as organizações, o primeiro passo é aumentar a preparação para o futuro.
Faça o download do estudo completo realizado pela LLYC e pelo CENTRO