Analisamos a conversa digital em torno das percepções dos usuários sobre a segurança cibernética no México, Panamá e República Dominicana

No âmbito do Dia Internacional da Segurança, em 30 de novembro, a LLYC publica o relatório “Prevenindo riscos na era dos ataques cibernéticos“. Utilizando técnicas de big data e inteligência artificial, foram analisadas mais de 132,1 mil menções no México, Panamá e República Dominicana, entre janeiro e agosto de 2023. Os resultados concluem que: ataques cibernéticos, roubo de banco de dados e espionagem são os tópicos mais preocupantes e mais comentados pelos usuários nos três países.

No México, os principais tópicos de conversas on-line se concentraram no pânico e na desinformação sobre ataques cibernéticos, com ênfase na importância da transparência na resposta a esses incidentes. Foram destacadas as preocupações com hacks, ransomware e segurança do ChatGPT. No entanto, houve uma resposta favorável dos cibernautas mexicanos, com conversas neutras e positivas focadas em ações e iniciativas para aumentar a conscientização e evitar riscos de segurança cibernética, tanto em nível corporativo quanto individual. Tópicos como eventos e feiras relacionados a ataques cibernéticos foram destacados, bem como o impacto da inteligência artificial e das tecnologias emergentes em vários aspectos da vida e da economia.

As principais descobertas no Panamá foram o medo do crime cibernético e a demanda por maior transparência na comunicação em resposta aos ataques cibernéticos. Os tópicos mais discutidos pelos panamenhos incluíram ataques cibernéticos e crimes cibernéticos, proteção de dados pessoais, casos jurídicos relacionados a hacking, conscientização e prevenção, bem como regulamentações e estrutura jurídica. Embora 16% das conversas tenham sido negativas devido a comentários de vítimas e à falta de orientação adequada de empresas e autoridades, houve uma resposta favorável dos cibernautas, com 81% das conversas sendo neutras, impulsionadas pela mídia que promove a prevenção e a compreensão dos riscos cibernéticos, juntamente com um tom positivo de 3% relacionado a eventos educacionais e conscientização sobre segurança cibernética.

Por sua vez, a República Dominicana destacou os principais tópicos de conversas on-line que se concentraram em denúncias como uma ferramenta para aumentar a conscientização sobre os riscos cibernéticos e a prevenção por meio do uso da tecnologia e da educação. Casos notáveis, como o hacking de David Ortiz, o ataque ao Instituto Agrário Dominicano e a denúncia de espionagem de Nuria Piera, geraram 17% de conversas negativas sobre riscos cibernéticos no país, destacando a necessidade de comunicação transparente por parte das organizações vítimas de ataques cibernéticos. As conversas neutras representaram 79% e se concentraram nas ações do governo em segurança cibernética e na importância da educação para combater as ameaças cibernéticas, enquanto as conversas positivas foram apenas 4%, destacando os eventos de divulgação e o trabalho preventivo em segurança cibernética. Os dominicanos exigem melhor educação sobre ameaças cibernéticas por parte das organizações e do Estado.