A medicina personalizada para o tratamento do cancro: Tão perto e tão longe

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A investigação para o tratamento do cancro e o desenvolvimento de terapias inovadoras está no seu melhor momento. Tal pôde ser constatado na recente reunião da Associação Americana de Oncologia (ASCO, na sigla em inglês), que reuniu o maior número de profissionais e doentes da história da organização, e na qual foram apresentados avanços em ensaios clínicos, novos tratamentos e terapias combinadas. Realizaram-se também debates com especialistas de todo o mundo que estão a revolucionar a forma como o cancro é tratado. A ASCO foi, sem dúvida, um grande momento para a oncologia e, acima de tudo, para a comunidade médica e para os doentes. 

Entre estes avanços, a medicina personalizada é um dos mais importantes, demonstrando como a comunidade médica e científica e a indústria farmacêutica têm vindo a prosperar na conceção de tratamentos específicos para cada doente. Entre eles está a sequenciação dos tratamentos: combinar os mais padronizados, como a quimioterapia e a radioterapia, com os novos como a imunoterapia (que conta com um grande acervo de provas científicas), e acrescentando os inovadores como as terapias genética e celular, para obter melhores resultados.

Estes tratamentos são complexos e dispendiosos, exigindo vontade e esforços coordenados para que se entendam as vantagens terapêuticas e os riscos associados. E sobretudo, para que cheguem o mais rapidamente possível aos doentes. Hoje, estes têm mais acesso à informação e maior participação na agenda pública, exigindo transparência na investigação e maior interação com os poderes públicos, com as quais devem ser estabelecidas alianças para obter o acesso a terapias inovadoras para o bem comum e uma melhor saúde para todos.  

Apesar dos progressos vertiginosos na investigação para o desenvolvimento de medicina personalizada, a sua adoção não tem sido tão rápida e estes tratamentos que revolucionam a abordagem terapêutica do cancro demoram muito tempo a chegar a quem deles necessita. Por isso, é urgente um acordo entre as autoridades, as organizações e as empresas para tornar estes tratamentos uma realidade.

Este documento analisa os avanços da medicina personalizada no tratamento e nos cuidados oncológicos, aborda um dos casos de grande visibilidade mais recentes no tratamento de um doente com linfoma no Brasil, um caso que oferece uma visão de esperança no tratamento de certos tipos de cancro, e recomenda ações, não só para gerar interesse na inovação, mas também para lhe dar valor e passar à ação, de modo a que as terapias novas e eficazes cheguem mais rapidamente a quem delas precisa.

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