Simplicidade, a tendência na comunicação empresarial em 2023

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31 Jan 2023

Em anos de incerteza como o atual, num contexto de contenção de custos e otimização de recursos, a procura da simplicidade é a aposta mais segura. Esta é uma das conclusões retiradas do relatório “Tendências da comunicação empresarial em 2023” elaborado pela LLYC com base nas opiniões de peritos de quatro países (Espanha, Brasil, Colômbia e México). A par da procura de simplicidade, para fazer mais com menos recursos, as outras chaves que marcarão a comunicação empresarial nos próximos meses serão como enfrentar desafios como a polarização política e oportunidades como a digitalização das relações públicas ou a necessidade de a empresa encontrar o seu propósito.

O estudo conclui que as empresas devem concentrar os seus esforços em projetos de comunicação que gerem um impacto real entre os seus públicos e que possam ser traduzidos em ações sustentáveis a longo prazo. O melhor investimento de tempo e recursos é compreender o impulso externo e interno de cada empresa, identificar as lacunas existentes e alocar aí os maiores esforços.

Para Nieves Álvarez, Director Sénior de Comunicação Empresarial da LLYC Madrid: “Anos críticos como o que temos pela frente oferecem-nos também boas oportunidades para demonstrar o valor estratégico da comunicação para o negócio e, assim, conquistar o espaço estratégico que também lhe corresponde no processo de tomada de decisões da empresa”.

Estas são as 4 tendências identificadas no relatório LLYC que a Comunicação Empresarial em 2023:

Da “purpose washing” ao ativismo empresarial real e intemporal: Utilizar datas comemorativas ou especiais para projectar uma opinião ou tomar uma posição sobre alguns dos desafios enfrentados pela sociedade é um lugar comum para as organizações. Este ativismo, contudo, nem sempre é consistente com o propósito, valores e essência da empresa, mas é frequentemente apenas o resultado da sua necessidade de se posicionar e de se tornar visível em conversas globais. E isto pode revelar inconsistências entre o que a marca faz internamente e o que ela representa publicamente.

Num inquérito conduzido pela Associação de Directores de Comunicação do Panamá (Dircom Panamá), 83% dos inquiridos afirmaram considerar as empresas como uma poderosa plataforma a partir da qual podem falar sobre importantes desafios sociais e contribuir para a sua solução. Além disso, hoje em dia, os consumidores já não querem apenas o produto ou serviço, mas procuram o compromisso das empresas com um conjunto de valores sociais, ambientais e políticos com os quais se identificam.

Polarização política com impacto no desenvolvimento dos negócios: Nos últimos anos, a polarização política extrema tornou difícil a gestão de empresas que operam em setores altamente regulamentados ou com grande visibilidade entre os consumidores mais politizados. Ao contrário do ativismo empresarial que se alinha com o objetivo empresarial, o ativismo político alimentado pela polarização requer um posicionamento que nem sempre se alinha diretamente com as ações empresariais. Este posicionamento corre o risco de se tornar “populista”, de ser constituído para desagradar a um lado ou ao outro, independentemente dos factos.

Public Relations cada vez mais Digital Relations: Embora a pandemia pareça distante, alguns dos seus efeitos ainda se fazem sentir. É o caso da redução drástica das atividades presenciais nas relações públicas. Assim, os jornalistas estão cada vez mais relutantes em assistir a conferências de imprensa ou reuniões individuais, preferindo ligar-se digitalmente, mesmo quando o tema em questão é interessante e relevante.

Estratégias de comunicação mais simples para um mundo mais complexo: Um dos maiores desafios para a comunicação empresarial em 2023 é como conseguir um maior impacto com menos recursos e atividades. Com uma probabilidade de 25% de crescimento global do PIB inferior a 2% em 2023, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que será entendido como uma recessão global, e cortes políticos contínuos, especialmente no sector tecnológico, as empresas precisam de concentrar os seus esforços em projetos autênticos que gerem impacto nos seus públicos e que possam ser traduzidos em ações sustentáveis a longo prazo.

Leia o estudo completo clicando aqui: link