LLYC analisa a experiência e a perceção que os trabalhadores têm das suas empresas no México, Panamá e República Dominicana

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O atual panorama laboral representa um desafio para as empresas. As prioridades dos trabalhadores mudaram mais rapidamente do que a sua proposta de valor. Este facto conduziu a um aumento da insatisfação no trabalho, especialmente no último ano. Hoje, para as empresas, a perceção dos seus próprios empregados, que podem tornar-se os melhores (ou piores) embaixadores da empresa no mundo exterior, deve ser crucial. 

Com o objetivo de conhecer a opinião dos colaboradores sobre as suas empresas, a equipa Deep Digital da LLYC utilizou técnicas de big data e inteligência artificial para analisar mais de 680.000 menções no México, Panamá e República Dominicana. Os resultados estão incluídos no relatórioO Colaborador Social: A experiência do colaborador na conversação digital“. 

Além disso, o estudo é complementado pela análise de quase 2.500 avaliações efectuadas em plataformas de avaliação de emprego e processadas pela LLYC através de processos de Machine Learning desenvolvidos pela empresa.

“Extraímos big data através de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial e processámo-los através de metodologias de NLP (processamento de linguagem natural). Desta forma, conseguimos determinar as indústrias mais faladas em cada país e os temas dentro de cada indústria, proporcionando assim uma compreensão profunda dos pontos-chave que fazem com que os empregados se conectem mais com os seus empregadores”, disse Ernesto Gonzalez, Diretor Sénior de Deep Digital para a Região Norte da LLYC.

Em relação aos resultados, no México, as audiências digitais partilham diariamente 1.700 mensagens nas redes sociais sobre o seu dia a dia profissional. E os setores que concentram a maior parte das conversas são a Educação (45%), a Saúde (28%) e as Finanças (8%). Em termos de tópicos, foram detectadas tendências de conversação que expressam o desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal, com mais de 120 000 menções de queixas relacionadas com este tipo de situação. Os benefícios (seguro de saúde, férias extra, etc.) fazem a diferença nos tópicos positivos. Nesse sentido, o desafio para os empregadores mexicanos é formar os líderes para promover dinâmicas inclusivas e trabalho em equipa e oferecer planos de desenvolvimento. Um ponto adicional é a melhoria dos processos internos para manter um melhor equilíbrio de trabalho nas equipas e evitar uma carga de trabalho excessiva.

Entretanto, o Panamá é um país com uma comunidade ativa em ambientes digitais, embora não ao nível do México, registrando aproximadamente 385 menções médias diárias de trabalhadores sobre os seus locais de trabalho. Os setores que concentram a maior parte das conversas são a Educação (40%), a Saúde (30%) e o Turismo (14%). E os tópicos de conversação mostram um contexto laboral que não só procura melhores condições de trabalho, como também apresenta uma escassez de oportunidades. A isto juntam-se as condições em que trabalham, expressando situações de insegurança e preocupação com o seu bem-estar. Assim, as empresas precisam de apostar em iniciativas internas que ofereçam pacotes de benefícios adicionais aos seus colaboradores e planos de carreira que lhes permitam concretizar a estabilidade profissional que pretendem. É fundamental formar os líderes para garantir uma melhor gestão das cargas de trabalho, melhorando assim as condições de trabalho e reduzindo a rotatividade.

As audiências digitais da República Dominicana revelam um comportamento mais reservado quando se trata de exprimir a sua opinião nas redes sociais. Registam uma média de 87 menções diárias para expressar a sua opinião e o seu dia de trabalho. Os sectores com maior volume de conversação são o Turismo (36%), a Saúde (26%) e a Educação (23%). Assim, a conversa social neste país mostra a importância do turismo e como os seus funcionários se orgulham de fazer parte desta indústria. No entanto, há uma tendência crescente para exigir melhores condições de trabalho. Ao contrário de outros países, os dominicanos dão prioridade às condições de trabalho em relação ao salário, exigindo um bom ambiente de trabalho e oportunidades de carreira na empresa. Neste sentido, o desafio para as empresas dominicanas é promover iniciativas que melhorem a distribuição de tarefas, bem como dinâmicas de integração que façam com que os trabalhadores se sintam valorizados.

Quais são as cinco chaves para melhorar a ligação com os empregados?

Através da investigação efectuada, foi possível determinar as cinco chaves para melhorar o employer branding e abrir um diálogo com os empregados que nos permita reter e atrair os melhores talentos.

1. Ouvir mais de dentro para fora: Utilizar inquéritos e entrevistas em profundidade para conhecer melhor os empregados, compreender quais são as suas necessidades, as suas motivações e os valores que valorizam para escolher ou permanecer no seu local de trabalho.

2. Compreender as comunidades internas: As empresas têm muitos dados internos. Uma das etapas a trabalhar é analisar o comportamento da nossa base de dados de talentos, a rotatividade que temos, etc.

3. Definir a proposta de valor para o trabalhador: Identificar e comunicar claramente os aspectos únicos e atractivos de trabalhar na organização. Isto inclui benefícios, cultura da empresa, oportunidades de crescimento, flexibilidade no trabalho e programas de bem-estar.

4. Apoiar-se nos líderes para estabelecer contactos: As expectativas de que os líderes desempenhem um papel nas questões sociais aumentaram, abrindo a possibilidade de as acções empresariais terem um impacto direto no bem-estar e na confiança dos trabalhadores. Um líder social é conversador, acessível e o rosto da cultura empresarial.

5. Não se esqueça que os melhores influenciadores estão em casa: um funcionário ligado à cultura da empresa é o melhor amplificador, e também o mais credível. As pessoas já falam nas redes sociais sobre o seu trabalho, partilhando as suas conquistas, experiências ou destacando as acções realizadas na sua empresa, porque não capitalizar estas conversas e transformar os funcionários em promotores de conversas positivas?

 Leia o relatório completo aqui.