O ano que começou podia parecer que se apresenta tranquilo na América Latina quanto ao que se refere à política eleitoral. No entanto, esta calma é pura aparência, pois o certo é que, embora serão apenas duas as eleições presidenciais que serão realizadas neste ano (Guatemala e Argentina), frente às sete que aconteceram no passado, nestas, como nas eleições legislativas e locais que também serão organizadas durante 2015 (El Salvador, México, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Paraguai e Colômbia), há muito em jogo por suas consequências futuras para a governabilidade destes países.
Como se apresentam este pleito? Que elementos de continuidade e mudança podem aflorar a respeito do ocorrido em 2014?
Este relatório analisa as perspectivas eleitorais para a América Latina no próximo ano: eleições que serão realizadas no meio de um ciclo econômico marcado pelo arrefecimento, a volatilidade, a desvalorização das moedas locais frente ao dólar e a queda do preço dos compositores. Além disso, a estas eleições os partidos governistas chegam com claros sintomas de enfraquecimento.
Definitivamente, tudo aponta que 2015 vai ser um ano, só aparentemente, menos intenso eleitoralmente que 2014 e no qual, muito provavelmente, a característica comum dos resultados destes processos seja definida mais pelas mudanças políticas do que pela continuidade.
Jorge Cachinero, Diretor Corporativo de Inovação da LLORENTE & CUENCA