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TemáticasPublicações e Relatórios
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SetorSaúde e Indústria Farmacêutica
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PaísesColômbia
Cada vez mais colombianos utilizam a Internet como principal fonte de informação sobre saúde, o que contribui para o aumento da automedicação, o que pode representar um problema para a saúde pública. Esta é uma das conclusões de ‘Radiografía de la salud en Colombia: comportamientos digitales de los pacientes oncológicos en el país‘ (Radiografia da saúde na Colômbia: comportamentos digitais dos pacientes oncológicos no país), o novo relatório da LLYC, a empresa global de Marketing e Corporate Affairs, que analisou o comportamento digital dos colombianos em matéria de saúde, constatando que 51% da população procura sintomas e tratamentos através de plataformas digitais, um número que evidencia a crescente dependência da web para a tomada de decisões médicas.
Através da análise da inteligência artificial e da machine learning de 1,2 milhões de pesquisas, 215 000 menções públicas e 1500 conteúdos, o estudo identifica os principais padrões e preocupações na pesquisa digital sobre doenças, especialmente em relação ao cancro. Uma das conclusões mais significativas é que o cancro representa 16% (199 mil menções) das pesquisas mensais relacionadas com doenças no país, posicionando-o como a principal preocupação médica dos colombianos no ambiente digital.
Embora a informação médica esteja mais acessível do que nunca, 60% da informação relacionada com doenças e tratamentos carece de base científica, de acordo com a Universidade Nacional da Colômbia, o que aumenta o risco para os pacientes que, devido à ansiedade ou à falta de acesso a cuidados médicos profissionais, recorrem à Web em busca de respostas rápidas, tornando visível a importância de promover a educação para a saúde e o acesso a serviços médicos de qualidade para responder às diversas necessidades da população, especialmente quando se trata de doenças crónicas, como o cancro.
Neste universo, o cancro da mama (23% das menções e 29% das pesquisas) é o tipo de cancro que recebe mais atenção na esfera digital, mas outras doenças como as doenças crónicas degenerativas, as doenças sexualmente transmissíveis e as doenças cardiovasculares também estão entre os temas mais pesquisados.
“A análise dos tipos de conteúdos gerados nas principais plataformas das redes sociais revela uma forte predominância de conteúdos relacionados com o entretenimento (60%), que procuram apenas gerar impacto mediático através da partilha de experiências de figuras públicas, sem se centrarem nos aspectos médicos ou científicos do cancro. Esta sobre-exposição de conteúdos relacionados com o entretenimento pode levar a uma romantização da doença e a uma falta de informação equilibrada sobre os avanços médicos e os tratamentos”, acrescentou Alejandra Aljure, Diretora Sénior de Corporate Affairs da LLYC na Colômbia e autora do estudo.
Isto leva a que apenas três em cada sete conteúdos sejam gerados com esta visão educativa, concretamente: a sensibilização 17,3%, a prevenção 11%, os tratamentos 7% e os avanços médicos podem alcançar a mesma visibilidade.
Ao analisar as comunidades digitais sobre o cancro na Colômbia, ou seja, os grupos de pessoas que convergem com diferentes perspectivas e experiências relacionadas com a doença e a gestão do sector da saúde no país, divide-se em várias frentes: os mobilizadores da conversa são constituídos pelos meios de comunicação social, activistas e médicos, cada um com a sua própria visão.
Outra comunidade são aqueles que têm ligações à doença, como os doentes e as famílias, sendo este último um grupo interessante na medida em que a análise digital da LLYC identificou que podem entrar em conflito na conservação e migrar para a comunidade dos detractores.
“A divisão na conservação pode desviar a atenção do que é realmente importante, que é o apoio abrangente para aqueles que enfrentam o cancro, diretamente ou através de um ente querido, que precisam de uma rede de apoio forte e unificada na sua jornada contra a doença”, reafirmou Aljure.
Por conseguinte, para melhorar a saúde digital, o estudo recomenda: acelerar a utilização da inteligência artificial nos diagnósticos médicos e nos tratamentos personalizados; reforçar o acompanhamento e a conclusão dos tratamentos para ter êxito na luta contra o cancro; fomentar um sentimento de solidariedade emocional para com os doentes e as suas famílias para criar uma sociedade mais compassiva e solidária; criar redes com maior impacto nos doentes, como vozes médicas, influenciadores, etc.; e diversificar a conversa sobre o cancro e os doentes.
Este estudo realça a crescente influência da Internet na saúde dos colombianos, destacando tanto os benefícios como os riscos inerentes à procura de informações médicas em linha. Ao mesmo tempo, abre um espaço para uma maior reflexão sobre como melhorar a qualidade da informação disponível e como utilizar a tecnologia de forma ética para apoiar a saúde pública na Colômbia.
Para obter informações completas sobre este relatório, clique aqui.
Esta tradução foi efectuada com a IA. Leia o artigo na sua língua original